sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

Para onde vai o lixo eletrônico?


Estamos vivendo em constante avanço tecnológico, onde o que hoje é considerado de última geração amanhã pode ser considerado obsoleto. As pessoas querem sempre estar com o que há de mais novo no mercado de eletroeletrônicos, mas para isso os antigos são descartados. E para onde vai o lixo eletrônico?


A destinação final do lixo eletroeletrônico é um grande problema e pouco se fala sobre isto. Assim, grande parte destes equipamentos acaba indo para o lixo comum e consequentemente para os lixões e aterros sanitários, contaminando o solo. De acordo com um dos relatórios da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre esta questão, o volume anual de eletrônicos descartados no planeta aumenta 40.000 toneladas todos os anos.


A Política Nacional de Resíduos Sólidos foi aprovada e torna obrigatória à destinação adequada de resíduos eletroeletrônicos no Brasil. A base da Lei diz que devem ser estruturados e executados sistemas de logística reversa, ou seja, o retorno de produtos após serem utilizados pelo consumidor.


Fonte: Planeta Sustentável



O artigo 33 da Política Nacional de Resíduos Sólidos, lei nº 12.305, prevê que alguns produtos devem ser devolvidos no pós-consumo: agrotóxicos, seus resíduos e embalagens; pilhas e baterias; pneus; óleos lubrificantes, seus resíduos e embalagens; lâmpadas fluorescentes, de vapor de sódio e mercúrio e de luz mista; produtos eletroeletrônicos e seus componentes.


Desde 2014 empresas são obrigadas a recolher e dar destino adequado a seus produtos. A lei proíbe a eliminação de resíduos onde possa haver contaminação da água ou do solo. Se não descartados corretamente esses resíduos podem contaminar solo e lençóis freáticos, pois traz mais de 60 tipos diferentes de substâncias. Muitas delas são tóxicas e portanto, nocivas à saúde. Entretanto apenas nas grandes cidades do país existem postos de coleta dos eletroeletrônicos.

Fonte: Recicle


Neste período de seca, os poços perfurados nas cidades que estão sofrendo com a falta d’água podem estar contaminados, já que a contaminação, causada pelo descarte errado do lixo eletrônico, pode atingir os lençóis freáticos que abastecem os poços.


Já existem empresas que trabalham com a logística reversa, que é a responsabilidade comum pelo ciclo de vida dos produtos, o "conjunto de atribuições individualizadas e encadeadas dos fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes, dos consumidores e dos titulares dos serviços públicos de limpeza urbana e de manejo dos resíduos sólidos para minimizar o volume de resíduos sólidos e rejeitos gerados, bem como para reduzir os impactos causados à saúde humana e à qualidade ambiental decorrentes do ciclo de vida dos produtos, nos termos desta Lei."

Ou seja, a lei exige que as empresas assumam a responsabilidade pelos produtos descartados na natureza e cuidem da adequada destinação ao final de seu ciclo de vida útil. Um exemplo de empresa que trabalha com isso é a Claro. Abaixo temos um vídeo educativo, uma cartilha e um infográfico sobre lixo eletrônico. Confira!








Cartilha 



Infográfico





Onde levar seu lixo eletrônico em Fortaleza:



Fontes:

http://www.oeco.org.br/dicionario-ambiental/28020-o-que-e-logistica-reversa

Veja neste link como é possível fazer download de publicações no ISSUU.


quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

Qual a relação entre seca e desmatamento?

O pesquisador Antônio Nobre, ao analisar artigos científicos sobre a Amazônia e sua relação com o clima e as chuvas no Brasil, concluiu que o desmatamento dessa região influencia a falta de água enfrentada pelas regiões mais populosas do país, incluindo o Sudeste. A diminuição da quantidade de árvores no bioma impede o fluxo de umidade entre o Norte e o Sul do País.

A falta de precipitação no Sudeste, em especial no estado de São Paulo, seria consequência indireta do desmatamento amazônico.
A retirada da cobertura vegetal interrompe o fluxo de umidade do solo para a atmosfera. Desta forma, os “rios voadores” não “seguem viagem”, causando a escassez hídrica.


E o que são os Rios Voadores?

São as grandes nuvens de umidade responsáveis pelas chuvas, que são transportadas pelos  ventos desde a Amazônia até o Centro-Oeste, Sul e Sudeste brasileiro.

Essa umidade, nas condições meteorológicas propícias, se transforma em chuva. É essa ação de transporte de enormes quantidades de vapor d’água pelas correntes aéreas que recebe o nome de rios voadores – um termo que descreve perfeitamente, mas em termos poéticos, um fenômeno real que tem um impacto significante em nossas vidas.



A floresta amazônica funciona como uma bomba de água: ela puxa para dentro do continente a umidade evaporada pelo Oceano Atlântico e carregada pelos ventos. Ao seguir terra adentro, a umidade cai como chuva sobre a floresta. Pela ação da evapotranspiração das árvores sob o sol tropical, a floresta devolve a água da chuva para a atmosfera na forma de vapor. Dessa forma, o ar é sempre recarregado com mais umidade, que continua sendo transportada rumo ao oeste para cair novamente como chuva mais adiante.

A água é o principal condutor dos efeitos das mudanças climáticas que, para o ser humano, se resumem nos eventos extremos: inundações, furacões, nevascas fora de época, rios transbordados e a falta de água acarreta a seca, que vem assolando além do Nordeste também parte do Sudeste do Brasil.


O desmatamento causa, de início, um efeito local e com o seu aumento o efeito vai expandindo-se e afetando uma população maior. Com a perda florestal, a comunidade local deixa de ter o fluxo regular de água potável e proteção contra inundação e seca. 

Quando a cobertura florestal é perdida, enxurradas correm rapidamente em córregos, elevando os níveis dos rios, submetendo as comunidades, cidades, e campos agrícolas à inundação, especialmente durante a estação chuvosa. Durante a estação de seca, essas áreas de desmatamento podem ser propensas a meses de longas secas que interrompem a navegação do rio, causando estragos nas colheitas, prejudicando o abastecimento de água das cidades e atrapalhando operações industriais.

Imagem de 14 de outubro deste ano mostra árvore solitária em área devastada pelo desmatamento ilegal na floresta amazônica no estado do Pará (Foto: Raphael Alves/AFP) 




Há um projeto chamado Rio Voadores. No site do projeto podemos encontrar vários materiais que podem servir de apoio nas aulas.





http://riosvoadores.com.br/educacional/animacoes-didaticas/  

Veja neste link como é possível fazer download de publicações no ISSUU.

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

Já pensou em utilizar quadrinhos?!

Mais do que um divertido passatempo, as histórias em quadrinhos são um valioso instrumento para despertar o interesse pela leitura e aprender coisas novas.

Ler é uma ação poderosa que nos faz conhecer mundos e vivências. Histórias em quadrinhos com temáticas ambientais são boas ideias para tornar as aulas mais lúdicas e para fixar mais o conteúdo, já que esse tipo de material tem uma linguagem mais fácil de ser compreendida.

Confira oito motivos para ler histórias em quadrinhos:

1. Contribuem na pré-alfabetização

A sequência de imagens dos quadrinhos permite que a criança compreenda o sentido da história antes mesmo de aprender a ler. Ao fazer isso, ela organiza o pensamento, exercita a capacidade de observação e interpretação e desenvolve a criatividade. Na fase de pré-alfabetização, o contato com os gibis também ajuda a criança a se familiarizar com as letras.


2. Ajudam no processo de alfabetização

A ordem lógica dos quadrinhos serve de apoio para que a criança decifre o que está escrito e supere a dificuldade de fluência, típica de quem acabou de se alfabetizar. Outro fator positivo é que a letra maiúscula usada nos balões facilita a leitura. Para quem está aprendendo a ler, letras minúsculas podem ser mais difíceis de decodificar, principalmente aquelas que têm traçados semelhantes, como q, p, d e b.


3. Despertam facilmente o interesse das crianças

A leitura de gibis é uma atividade lúdica para as crianças, que naturalmente se identificam com a linguagem dos quadrinhos e muitas vezes estabelecem uma relação afetiva com seus personagens.


4. Estimulam a prática da leitura

Um bom modo de estimular uma prática é enfatizando o seu lado prazeroso. No caso dos quadrinhos, os textos rápidos associados com imagens, os elementos gráficos e a identificação com os personagens são alguns dos elementos que tornam a leitura agradável. Isso pode encorajar seus alunos a ler textos cada vez mais complexos. Alguns pesquisadores defendem que os leitores de quadrinhos também acabam se interessando por outros gêneros de texto.


5. Exercitam diferentes habilidades cognitivas

A leitura de histórias em quadrinhos é um processo bastante complexo. É preciso decodificar textos, imagens, balões, onomatopeias e, muitas vezes, recursos de metalinguagem. Além disso, induz a uma habilidade chamada inferência, que é a capacidade de concluir coisas que não estão escritas. Nas HQs, por exemplo, o leitor deduz a ação que é omitida entre um quadrinho e outro. Tudo isso demanda um trabalho intelectual.


6. Unem cultura e entretenimento

Histórias em quadrinhos podem transmitir um leque bem amplo de informações sobre contextos históricos, sociais ou políticos e ainda assim manter sua característica de entretenimento. Só para citar alguns exemplos bem conhecidos: As aventuras de Asterix trazem divertidas referências sobre história antiga, as histórias de Tintim são ricas em indicações geográficas e as tirinhas da questionadora Mafalda fazem crítica a questões político-sociais da Argentina. Já Joe Sacco, que é quadrinista e jornalista, desenhou histórias sobre a guerra da Bósnia e os conflitos entre Israel e Palestina.


7. São de fácil acesso e baixo custo

Os títulos mais populares podem facilmente ser adquiridos nas bancas de jornal por um preço bem acessível. Os gibis também são encontrados em bibliotecas e gibitecas. Outra opção são as trocas, prática que costuma ser incentivada pelas escolas e prefeituras.


8. São recomendadas pelos PCN, RCNEI e PNBE

Algumas das razões para isso já foram descritas nos itens anteriores, mas vale ressaltar que tanto os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN), como o Referencial Curricular Nacional para Educação Infantil (RCNEI) e o Programa Nacional Biblioteca da Escola (PNBE) falam sobre a importância da criança interagir com diferentes tipos de texto. Além disso, a relação entre texto e imagem está cada vez presente em diferentes gêneros e é preciso ensinar como ler a imagem também.



Seguem alguns links onde você, professor(a), pode baixar histórias em quadrinhos para incentivar o lado leitor de seus alunos: