quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

Qual a relação entre seca e desmatamento?

O pesquisador Antônio Nobre, ao analisar artigos científicos sobre a Amazônia e sua relação com o clima e as chuvas no Brasil, concluiu que o desmatamento dessa região influencia a falta de água enfrentada pelas regiões mais populosas do país, incluindo o Sudeste. A diminuição da quantidade de árvores no bioma impede o fluxo de umidade entre o Norte e o Sul do País.

A falta de precipitação no Sudeste, em especial no estado de São Paulo, seria consequência indireta do desmatamento amazônico.
A retirada da cobertura vegetal interrompe o fluxo de umidade do solo para a atmosfera. Desta forma, os “rios voadores” não “seguem viagem”, causando a escassez hídrica.


E o que são os Rios Voadores?

São as grandes nuvens de umidade responsáveis pelas chuvas, que são transportadas pelos  ventos desde a Amazônia até o Centro-Oeste, Sul e Sudeste brasileiro.

Essa umidade, nas condições meteorológicas propícias, se transforma em chuva. É essa ação de transporte de enormes quantidades de vapor d’água pelas correntes aéreas que recebe o nome de rios voadores – um termo que descreve perfeitamente, mas em termos poéticos, um fenômeno real que tem um impacto significante em nossas vidas.



A floresta amazônica funciona como uma bomba de água: ela puxa para dentro do continente a umidade evaporada pelo Oceano Atlântico e carregada pelos ventos. Ao seguir terra adentro, a umidade cai como chuva sobre a floresta. Pela ação da evapotranspiração das árvores sob o sol tropical, a floresta devolve a água da chuva para a atmosfera na forma de vapor. Dessa forma, o ar é sempre recarregado com mais umidade, que continua sendo transportada rumo ao oeste para cair novamente como chuva mais adiante.

A água é o principal condutor dos efeitos das mudanças climáticas que, para o ser humano, se resumem nos eventos extremos: inundações, furacões, nevascas fora de época, rios transbordados e a falta de água acarreta a seca, que vem assolando além do Nordeste também parte do Sudeste do Brasil.


O desmatamento causa, de início, um efeito local e com o seu aumento o efeito vai expandindo-se e afetando uma população maior. Com a perda florestal, a comunidade local deixa de ter o fluxo regular de água potável e proteção contra inundação e seca. 

Quando a cobertura florestal é perdida, enxurradas correm rapidamente em córregos, elevando os níveis dos rios, submetendo as comunidades, cidades, e campos agrícolas à inundação, especialmente durante a estação chuvosa. Durante a estação de seca, essas áreas de desmatamento podem ser propensas a meses de longas secas que interrompem a navegação do rio, causando estragos nas colheitas, prejudicando o abastecimento de água das cidades e atrapalhando operações industriais.

Imagem de 14 de outubro deste ano mostra árvore solitária em área devastada pelo desmatamento ilegal na floresta amazônica no estado do Pará (Foto: Raphael Alves/AFP) 




Há um projeto chamado Rio Voadores. No site do projeto podemos encontrar vários materiais que podem servir de apoio nas aulas.





http://riosvoadores.com.br/educacional/animacoes-didaticas/  

Veja neste link como é possível fazer download de publicações no ISSUU.

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